"Se quisermos modificar algum coisa, é pelas crianças que devemos começar." (Ayrton Senna)

sexta-feira, 30 de abril de 2010

ENSINA A TEU FILHO ( Belíssimo texto de Frei Betto )



Ensina a teu filho que o Brasil tem jeito e que ele deve crescer feliz por ser brasileiro. Há neste país juízes justos, ainda que esta verdade soe como cacófato. Juízes que, como meu pai, nunca empregaram familiares, embora tivessem filhos advogados, jamais fizeram da função um meio de angariar mordomias e, isentos, deram ganho de causa também a pobres, contrariando patrões gananciosos ou empresas que se viram obrigadas a aprender que, para certos homens, a honra é inegociável.
            Ensina a teu filho que neste país há políticos íntegros como Antônio Pinheiro, pai do jornalista Chico Pinheiro, que revelou na mídia seu contracheque de parlamentar e devolveu aos cofres públicos jetons de procedência duvidosa.
Saiba o teu filho que, no monolito preto do Banco Central, em Brasília, onde trabalham cerca de 3 mil pessoas, a maioria é honrada e, porque não é cega, indignada ante maracutaias de autoridades que deveriam primar pela ética no cargo que lhes foi confiado.
            Ensina a teu filho que não ter talento esportivo ou rosto e corpo de modelo, e sentir-se feio diante dos padrões vigentes de beleza, não é motivo para ele perder a auto-estima. A felicidade não se compra nem é um troféu que se ganha vencendo a concorrência. Tece-se de valores e virtudes e desenha, em nossa existência, um sentido pelo qual vale a pena viver e morrer.
            Ensina a teu filho que o Brasil possui dimensões continentais e as mais fertéis terras do planeta. Não se justifica, pois, tanta terra sem gente e tanta gente sem terra. Assim como a libertação dos escravos tardou, mas chegou, a reforma agrária haverá de se implantar. Tomara que regada com muito pouco sangue.
            Saiba o teu filho que os sem-terra que ocupam áreas ociosas e prédios públicos são, hoje, chamados de "bandidos", como outrora a pecha caiu sobre Gandhi sentado nos trilhos das ferrovias inglesas e Luther King ocupando escolas vetadas aos negros.
            Ensina a teu filho que pioneiros e profetas, de Jesus a Tiradentes, de Francisco de Assis a Nelson Mandela, são invariavelmente tratados, pela elite de seu tempo, como subversivos, malfeitores, visionários.
            Ensina a teu filho que o Brasil é uma nação trabalhadora e criativa. Milhões de brasileiros levantam cedo todos os dias, comem aquém de suas necessidades e consomem a maior parcela de sua vida no trabalho, em troca de um salário que não lhes assegura sequer o acesso à casa própria. No entanto, essa gente é incapaz de furtar um lápis do escritório, um tijolo da obra, uma ferramenta da fábrica. Sente-se honrada por não descer ao ralo que nivela bandidos de colarinho branco com os pés-de-chinelo. É gente feita daquela matéria-prima dos lixeiros de Vitória que entregaram à polícia sacolas recheadas de dinheiro que assaltantes de banco haviam escondido numa caçamba.
           Ensina teu filho a evitar a via preferencial dessa sociedade neoliberal que nos tenta incutir que ser consumidor é mais importante que ser cidadão, incensa quem esbanja fortuna e realça mais a estética que a ética.
           Saiba o teu filho que o Brasil é a terra de índios que não se curvaram ao jugo português e de Zumbi, de Angelim e frei Caneca, de madre Joana Angélica e Anita Garibaldi, dom Hélder Câmara e Chico Mendes.
            Ensina a teu filho que ele não precisa concordar com a desordem estabelecida e que será feliz se se unir àqueles que lutam por transformações sociais que tornem este país livre e justo. Então, ele transmitirá a teu neto o legado de tua sabedoria.
             Ensina teu filho a votar com consciência e jamais ter nojo de política, pois quem age assim é governado por quem não tem e, se a maioria tiver a mesma reação, será o fim da democracia. Que o teu voto e o dele sejam em prol da justiça social e dos direitos dos brasileiros imerecidamente tão pobres e excluídos, por razões políticas, dos dons da vida.
             Ensina a teu filho que a uma pessoa bastam o pão, o vinho e um grande amor. Cultiva nele os desejos do espírito. Saiba o teu filho escutar o silêncio, reverenciar as expressões de vida e deixar-se amar por Deus que o habita.Ensina a teu filho

 
FREI BETTO - Artigo - O Estado de S. Paulo





TUDO QUE EU SABIA DA VIDA APRENDI NO JARDIM DE INFÂNCIA




Tudo que eu preciso mesmo saber sobre como viver, o que fazer, e como ser, aprendi no
 jardim-de-infância. A sabedoria não estava no topo da montanha mais alta, no último ano de um curso superior, mas no tanque de areia do pátio da escolinha maternal. Vejam o que prendi:
Dividir tudo com os companheiros.
Jogar conforme as regras do jogo.
Não bater em ninguém.
Guardar os brinquedos onde os encontrava.
Arrumar a “bagunça” que eu mesmo fazia.
Não tocar no que não era meu.
Pedir desculpas, se machucava alguém.
Lavar as mãos antes de comer.
Apertar a descarga da privada.
Biscoito quente e leite frio fazem bem à saúde.
Fazer de tudo um pouco – estudar, pensar e desenhar, pintar, cantar e dançar,
brincar e trabalhar, de tudo um pouco, todos os dias.
Tirar uma soneca todas as tardes.
Ao sair pelo mundo, cuidado com o trânsito,
ficar sempre de mãos dadas com o companheiro e sempre “de olho” na professora.
Pense na sementinha de feijão, plantada no copo de plástico: as raízes vão para baixo e para dentro, e a planta cresce para cima ninguém sabe como ou por quê, mas a verdade é que nós também somos assim.
Peixes dourados, porquinhos-da-índia, esquilos, hamsters e até a semente no copinho plástico – tudo isso morre. Nós também. E lembre-se ainda dos livros de histórias infantis e da primeira palavra que você aprendeu, a mais importante de todas: Olhe! Tudo que você precisa mesmo saber está por aí, em algum lugar. A regra de ouro, o amor e os princípios de higiene. Ecologia e política, igualdade e vida saudável.
Escolha um desses itens e o elabore em termos sofisticados, em linguagem de adulto; depois aplique-o à vida de sua família, ao seu trabalho, à forma de governo de seu país, ao seu mundo, e verá que a verdade que ele contém mantém-se clara e firme. Pense o quanto o mundo seria melhor se todos nós – o mundo inteiro – fizéssemos um lanche de biscoitos com leite às três da tarde e depois nos deitássemos, sem a menor preocupação, cada um no seu colchãozinho, para uma soneca. Ou se todos os governos adotassem, como política básica, a idéia de recolocar as coisas nos lugares onde estavam quando foram retiradas; arrumar a “bagunça” que tivessem feito. E é verdade, não importa quantos anos você tenha: ao sair pelo mundo, vá de mãos dadas, e fique sempre “de olho” no companheiro.

Robert Fulghum São Paulo Best seller, 1998




quarta-feira, 28 de abril de 2010

HOMENAGEM AS MÃES VÍDEO




ESSE VÍDEO É MUITO FOFO, RSRSRS, AMEI .
FONTE: YouTube

VÍDEO EM HOMENAGEM AS MÃES

HOMENAGEM AS MÃES

AINDA INVADIDA PELA ONDA DOS POEMAS DA SEMANA DO LIVRO, E JÁ BUSCANDO ALGUMA  HOMENAGEM AS MÃES ENCONTREI ESSES POEMAS SOBRE OS FILHOS, RESOLVI POSTAR, AFINAL   ACREDITO QUE  NÃO HÁ  PRESENTE MAIS PRECIOSO PARA AS MÃES QUE A  FELICIDADE DOS FILHOS ...


Soneto à filha


Que tu, minha filha, sejas assim
Sempre uma pessoa inteira
Mas presa a um ser intangível
Que andes no perímetro de mim
E que ainda plena e verdadeira
Fujas da linha do impossível
Sem ouvir os parâmetros do fim
Que debeles o arco do invisível
E na aventura azul vestida de brim
Faças dos sonhos a arma certeira
Que tu , minha filha, venças assim
Sem receio aos mitos do invencível
Ou ao paredão humano da geleira


Sobre a obra
Tenho uma filha ,mas creio vale para qualquer pai de filho(s) ou filha(s) ...
FONTE: Ivan Cezar · São Sepé, RS




"Minha filha...
Seja simples e bondosa
seja sincera e altaneira
seja alegre e virtuosa
e serás feliz a vida inteira


TE AMOOOOO  FILHA !!!!!!

terça-feira, 27 de abril de 2010

ATIVIDADES DIA DO LIVRO


ESTOU DIVIDINDO ESSE TRABALHO COM VOCÊS PORQUE AS CRIANÇAS ADORARAM FAZER, FOI ÓTIMO. NOSSA SALA FICOU COM TEMA POESIAS. LI ALGUMAS NA SALA, PARA ELES TOMAREM GOSTO PELO GÊNERO. DEPOIS FOMOS ESCOLHER AS QUE IAM PARA O LIVRO COLETIVO, ELES SE EMPENHARAM MESMO, FOI UMA DELÍCIA DEPOIS DE ESCOLHIDA AS POESIAS PARA O LIVRO DECIDIMOS QUE PODERÍAMOS APRESENTAR AS MENINAS DE CECÍLIA MEIRELES. FICOU LINDO AMEIIIIIIIII






AQUI ALGUNS POEMAS TRABALHADOS NO LIVRINHO ( LIVRÃO)


Viajar pela leitura



Viajar pela leitura
sem rumo, sem intenção.
Só para viver a aventura
que é ter um livro nas mãos.
É uma pena que só saiba disso
quem gosta de ler.
Experimente!


Assim sem compromisso,
você vai me entender.
Mergulhe de cabeça
na imaginação!


Clarice Pacheco




AS MANINAS

Arabela

abria a janela.
Carolina
erguia a cortina.
E Mariaolhava e sorria:
"Bom dia!"


Arabela
foi sempre a mais bela.
Carolina   a mais sábia menina.
E Maria
Apenas sorria:
"Bom dia!"


Pensaremos em cada menina
que vivia naquela janela;
uma que se chamava Arabela,
outra que se chamou Carolina.
Mas a nossa profunda saudade
é Maria, Maria, Maria,
que dizia com voz de amizade:
"Bom dia!"


Cecília Meireles, Ou isto ou aquilo, Nova Fronteira





Soneto do estudo

Vai já pra dentro, menino!
Vá já pra dentro estudar!
É sempre essa lenga-lenga
Quando o que eu quero é brincar...


Eu sei que aprendo no livro,
Eu sei que aprendo no estudo,
Mas o mundo é variado
Eu preciso saber de tudo!


Há tanto pra conhecer,
Há tanto pra explorar!
Basta os olhos abrir e com os ouvidos escutar!


Aprende-se o tempo todo
Dentro, fora, pelo avesso
Começando pelo fim, terminando pelo começo!


Nayanne da Silva Cerqueira -1º ano
(FONTE INTERNET)


 


Passarinho fofoqueiro
 Um passarinho me contou

que a ostra é muito fechada,
que a cobra é muito enrolada,
que a arara é uma cabeça oca,
e que o leão marinho e a foca..
xô , passarinho! chega de fofoca!
josé Paulo Paes







Convite
Poesia
é brincar com palavras
como se brinca
com bola, papagaio, pião.


Só que
bola, papagaio,pião
de tanto brincar
se gastam.


As palavras não:
quanto mais se brinca
com elas
mais novas ficam.


Como a água do rio
que é água sempre nova.
Como cada dia
que é sempre um novo dia.
Vamos brincar de poesia?


José Paulo Paes




 AQUI A APRESENTAÇÃO DO POEMA SHOWWWWWW !!!!!!!!




QUEM APARECEU TAMBÉM NA ESCOLA FOI A EMÍLIA E O VISCONDE, GRAÇAS A BOA VONTADE DO SR. VALMIR PORTEIRO. E DA TIA TEREZINHA, QUE REPRESENTANDO A EMÍLIA FOI DE UMA PERFORMANCE MAGNÍFICA RSRSRS, BRIGADA GENTE VALEUUUUUUU!!!!





quinta-feira, 22 de abril de 2010

SELINHOS









ESSE SELINHO GANHEI DE UM SUPER AMIGA ANINHA DO BLOG
 vale a pena conferir é um blog super fofo

segunda-feira, 19 de abril de 2010

A EXISTÊNCIA DE DEUS

Vejam só que fantástico raciocínio!!!
O problema parece complexo no ínicio mas a resposta é na verdade tão simples e descomplicada quanto bela verdadeira...

Certo homem desafiou uns jovens com a seguinte pergunta:
– Deus fez tudo que existe?
Um deles respondeu corajosamente:
– Sim, fez!
– Mas, Deus fez mesmo tudo?
– SIM, respondeu novamente o jovem.
O homem deduziu:
– Se Deus fez todas as coisas, então Deus fez o mal, pois o mal existe, e considerando que as nossas acções são um reflexo de nós mesmos, então Deus é mal.
O jovem calou-se diante de tal resposta e o homem, feliz, vangloriava-se de haver provado uma vez mais que a Fé era um mito.
Outro jovem levantou a mão e disse:
– Posso fazer-lhe uma pergunta?
– Sem dúvida, respondeu-lhe o homem.
O frio existe?
– Mas que
pergunta é essa? Claro que existe, por acaso nunca sentiste frio?!
O jovem respondeu:
– Na verdade o frio não existe. Segundo as leis da Física, o que consideramos frio, na realidade é ausência de calor. Todo corpo ou objecto pode ser estudado quando tem ou transmite energia, mas é o calor e não o frio que faz com que tal corpo tenha ou transmita energia. O zero absoluto é a ausência total e absoluta de calor, todos os corpos ficam inertes, incapazes de reagir, mas o frio não existe. Criamos esse termo para descrever como nos sentimos quando nos falta o calor. E, já agora, a escuridão, existe? continuou o jovem.
O homem respondeu:
– Mas é claro que sim.
O jovem respondeu:
– Novamente o senhor engana-se, a escuridão não existe. A escuridão é na verdade a ausência de luz. Podemos estudar a luz, mas a escuridão não. O prisma de Newton decompõe a luz branca nas várias cores de que se compõe, com os seus diferentes comprimentos de onda. A escuridão não. Um simples raio de luz rasga as trevas e ilumina a superfície que a luz toca. Como se faz para determinar quão escuro está um determinado local do espaço? Apenas com base na quantidade de luz presente nesse local, não é? Escuridão é um termo que o homem criou para descrever o que acontece quando não há luz presente.
Finalmente, o jovem perguntou ao homem:
– Diga-me, o mal existe?
Ele respondeu:
– Claro que existe. Como disse ao teu amigo, vemos roubos, crimes e violência diariamente em todas as partes do mundo, essas coisas são o mal.
Então o jovem respondeu:
– O mal não existe, não existe por si só. O mal é simplesmente a ausência de Deus, que é bom. É, como nos casos anteriores, um termo que o homem criou para descrever essa ausência de Deus. Deus não criou o mal. Não é como a fé ou o amor, que existem como existe a luz e o calor. O mal resulta de que a humanidade não tenha Deus presente no seu coração. É como o frio que surge quando não há calor, ou a escuridão que acontece quando não há luz.

domingo, 18 de abril de 2010

FICHAS DE LEITURA



Todos nós professores, principalmente das séries iniciais, deveríamos compreender como a aprendizagem acontece, para melhor nos instrumentalizarmos, e dessa forma guiar aos alunos na direção da construção verdadeira do conhecimento pela criança. Piaget af irmou em tese que o ser humano constrói a sua aprendizagem individual, o conhecimento produzido pela humanidade. Partindo de suas pesquisas sobre a inteligência infantil e a evolução do pensamento, Piaget formulou a teoria de que na construção do conhecimento nossas estruturas mentais vão se formando num processo de adaptação, onde é necessário que haja um desequilíbrio, ou seja, quando o indivíduo necessita de algo ou tem um problema que está lhe perturbando, ele entra em desequilíbrio e, ao alcançar seu objetivo satisfazendo sua necessidade uma adaptação acontece. Neste processo existem dois momentos distintos: a assimilação, onde o indivíduo utiliza o que já sabe para perceber, organizar e incorporar novos objetos e acontecimentos do meio externo, ampliando assim seus esquemas mentais; e a acomodação, onde as estruturas mentais são modificadas a partir da sua ação sobre o objeto ou fato a ser assimilado. Em seu trabalho, Piaget demonstra que o desenvolvimento da aprendizagem se dá através de quatro estágios sucessivos desde o nascimento até a adolescência:


- Sensório-motor


Do nascimento até por volta dos 2 anos a inteligência é empírica, manifestando-se na forma de ações motoras, aprende-se pela experiência;


- Pré-operatório (Inteligência Simbólica)


No período de 3 a 7 anos, o pensamento é de natureza intuitiva, acontece a interiorização dos esquemas construídos no estágio sensório-motor;


- Operatório Concreto


Entre 8 e 11 anos, já é possível a abstração dos dados da realidade, mas o raciocínio lógico ainda depende de referências concretas, neste estágio se desenvolvem as noções de tempo, espaço, velocidade, ordem, casualidade,...


- Operatório Formal


A partir dos 12 anos, o raciocínio envolve abstrações, não é mais necessário apoiar-se em objetos concretos, o pensamento acontece a partir de hipóteses.


Em cada um destes estágios o indivíduo integra os novos esquemas mentais construídos aos que possuía anteriormente, atingindo assim um equilíbrio mais elevado e passando para o estágio seguinte. Nesta perspectiva a escola deve desafiar e estimular o raciocínio, abandonando exercícios repetitivos e sem sentido, pois a aquisição do conhecimento não é uma simples internalização das informações recebidas em aula, mas um processo de reconstrução autônoma resultante da ação do sujeito na interação com o meio.


A escola, hoje, atropela os estágios de desenvolvimento das crianças, pois os ignora, e continua oferecendo conteúdos descontextualizados, questões e respostas prontas para o aluno, não permitindo que ele faça construções por si só, não disponibiliza o tempo necessário para que ele construa suas hipóteses, acerte, erre e descubra o seu erro, para chegar assim as suas próprias conclusões e consolidar sua aprendizagem. Desta maneira não existe vontade, nem prazer em aprender, pois na maioria das vezes, o conteúdo não interessa, não mobiliza os alunos na busca do conhecimento, fazendo com que estes aceitem a situação de meros receptores de conteúdos impostos. Nesta posição de “tanto faz” o aluno não entra em conflito, em desequilíbrio, não constrói novos esquemas mentais de raciocínio e não tem condições de assimilar e acomodar novos conhecimentos. O sucesso da aprendizagem da criança está diretamente ligado às atividades que esta realizou concretamente e aos esquemas que construiu, desde o nascimento com as ações instintivas até o desenvolvimento do raciocínio abstrato, na adolescência.


Os professores que realmente desejam possibilitar a seus alunos um avanço efetivo na aprendizagem precisam, urgentemente, mudar de atitude frente ao entendimento da construção do conhecimento e ao modo de ver este aluno. Devem assumir uma postura de aprendizes, pois é necessário aprender como se aprende para fazer as intervenções corretas no momento adequado.


É fundamental que ofereçam situações de aprendizagem onde o conhecimento possa ser reinventado e não simplesmente reproduzido mecanicamente após explicações teóricas. Torna-se imprescindível valorizar as descobertas que este aluno faz sozinho, pois mesmo quando chega a uma conclusão errônea significa que ele está elaborando a aprendizagem e logo adiante terá consciência de suas contradições chegando à resposta correta. Além disso, se faz necessário criar espaços de interação e trocas entre os alunos na sala de aula, proporcionando atividades que desenvolvam o pensamento crítico e o espírito de investigação. Promovendo momentos de escuta das perguntas que os alunos trazem, dos seus interesses e anseios, pois o fato de ter dúvidas, questionar-se, pesquisar, perguntar, encontrar respostas, não satisfazer-se com elas e buscar novas respostas é muito produtivo, é neste contexto que as descobertas acontecem e as aprendizagens são construídas efetivamente. Só desta forma, eles poderão entender o meio em que vivem e tomarão as rédeas da construção da sua aprendizagem.




Referências:

BECKER, Fernando. Ensino e construção de conhecimento. Porto Alegre: Artmed, 2001.

CHALON-BLANC, Annie. Introdução a Jean Piaget. Lisboa: Instituto Piaget, 2000.
GOULART, Iris Barbosa. Piaget: Experiências básicas para utilização pelo professor. RJ: Vozes, 2001.

FONTE: NET

quarta-feira, 14 de abril de 2010

PASSEIO ECOPOINT


quinta-feira, 1 de abril de 2010

HINO DE FORTALEZA VÍDEO E LETRA




HINO DE FORTALEZA
Letra de Gustavo Barroso
Música de Antônio Gondim

Junto à sombra dos muros do forte
A pequena semente nasceu.
Em redor, para a glória do Norte,
A cidade sorrindo cresceu.
No esplendor da manhã cristalina,
Tens as bênções dos céus que são teus
E das ondas que o sol ilumina
As jangadas te dizem adeus.

Fortaleza! Fortaleza!
Irmã do Sol e do mar,
Fortaleza! Fortaleza!
Sempre havemos de te amar

O emplumado e virente coqueiro
Da alva luz do luar colhe a flor
A Iracema lembrando o guerreiro,
De sua alma de virgem senhor.
Canta o mar nas areias ardentes
Dos teus bravos eternas canções:
Jangadeiros, caboclos valentes,
Dos escravos partindo os grilhões.

Fortaleza! Fortaleza!
Irmã do Sol e do mar,
Fortaleza! Fortaleza!
Sempre havemos de te amar

Ao calor do teu sol ofuscante,
Os meninos se tornam viris,
A velhice se mostra pujante,
As mulheres formosas, gentis.
Nesta terra de luz e de vida
De estiagem por vezes hostil,
Pela Mãe de Jesus protegida,
Fortaleza és a Flor do Brasil.

Fortaleza! Fortaleza!
Irmã do Sol e do mar,
Fortaleza! Fortaleza!
Sempre havemos de te amar

Onde quer que teus filhos estejam,
Na pobreza ou riqueza sem par,
Com amor e saudade desejam
Ao teu seio o mais breve voltar.
Porque o verde do mar que retrata
O teu clima de eterno verão
E o luar nas areias de prata
Não se apagam no seu coração.

Fortaleza! Fortaleza!
Irmã do Sol e do mar,
Fortaleza! Fortaleza!
Sempre havemos de te amar

FORTALEZA ( poema de Filgueiras Lima )

Filha do Sol! filha do rei! princesa!
é de estrelas teu mágico diadema!
Não tens o sangue azul, mas, com certeza,
descendes de uma deusa, que é Iracema.

E vem da tua olímpica realeza
o radioso esplendor e a graça extrema
que te fazem, querida Fortaleza,
tão bela e musical como um poema!

Teu verde mar, como um jardim, florindo
em velas brancas no horizonte infindo...
E o coqueiral que ostenta, ao Sol, a palma...

— São teus feitiços de que sou cativo ...
É a tua alma, cidade! E nela eu vivo,
como tu vives dentro da minha alma!


Poema de Filgueiras Lima