"Se quisermos modificar algum coisa, é pelas crianças que devemos começar." (Ayrton Senna)

sábado, 16 de janeiro de 2010

FECHANDO CICLOS

É preciso saber sempre quando se acaba uma etapa da vida. Se insistirmos em permanecer nela, depois do tempo necessário, perderemos a alegria e o sentido do resto. Fechando ciclos, fechando portas ou fechando capítulos, como queira chamar, o importante é poder fechá-los, deixar ir momentos da vida que se vão enclausurando.


Terminou seu trabalho? Acabou a relação? Já não mora mais nessa casa? Deve viajar? A amizade acabou? Você pode passar muito tempo do seu presente dando voltas ao passado, tentando modificá-lo... O desgaste será infinito, porque na vida, você, seus amigos, filhos, irmãos, todos nós estamos destinados a fechar capítulos, virar páginas, terminar etapas ou momentos da vida, e seguir adiante.

Não podemos estar no presente sentindo falta do passado. O que aconteceu, aconteceu. Não podemos ser filhos eternamente, nem adolescentes eternos, nem empregados de empresas em que já não trabalhamos, nem ter vínculos com quem não quer estar vinculado a nós. Os acontecimentos passam e temos que deixá-los ir! Por isso, às vezes é tão importante esquecer de lembrar, trocar de casa, rasgar papéis,
jogar fora presentes desbotados, dar ou vender livros... As mudanças externas podem simbolizar processos interiores de superação. Deixar ir, soltar, desprender-se... Na vida, ninguém joga com cartas marcadas e tem que aprender a perder e a ganhar. O passado, qualquer que tenha sido, passou: não espere que o devolvam. Força nenhuma o trará de volta, nem para o mal nem para o bem.

Também não espere reconhecimento, ou que saibam quem você é. A vida segue para frente, nunca para trás. Se você anda pela vida deixando portas "abertas", nunca poderá desprender-se, nem viver o hoje com satisfação. Casamentos, namoros ou amizades que não se fecham, possibilidades de "regresso" (a quê/ para quê?), necessidade de esclarecimentos, palavras que não foram ditas, silêncios... Aquele ciclo está concluído, boa ou má tenha sido a conclusão. Você já não se encaixa ali, naquele lugar, naquele coração, naquela casa, naquele escritório, naquele cargo... Você já não é o mesmo que foi há dois dias, há três meses, há um ano... Portanto, nada tem que voltar. Feche a porta, vire a página, feche o círculo! Você nunca foi ou será o mesmo, e nem o mundo à sua volta, porque a vida não é estática. É saúde mental - amor por você mesmo, respeito - desprender-se do que já não está em sua vida.

Lembre-se de que nada, nem ninguém é indispensável ou insubstituível. É um trabalho pessoal aprender a viver com o que dói, deixar-se ir. É o processo de aprender a desprender-se. E isso o ajudará definitivamente a seguir para a frente com tranqüilidade. Afinal isso é a vida!

Martha Medeiros

Um comentário:

Unknown disse...

Ameiiii esse texto, muito legal, as vezes é preciso mesmo a gente acabar uma história pra poder viver melhor outras. xauu